Office in a Small City por Edward Hopper

Tag: livros

  • Persistência dos labirintos

    Persistência dos labirintos

    Eu finalmente parecia ter encontrado um quarto. O que em princípio me impressionou foram os estranhos ruídos que… Escrevo movido por desesperados ideais de busca. Obstinação, é certo. Há gestos imensos na tentativa de compor cada trecho. Acima disso, a morte e a indiferença humana. Alguém se interessa? Teseu executa o Minotauro, com isso dando…


  • Espirais desnecessárias

    Espirais desnecessárias

    Predadores e presas, um jogo de forças, mesmo que não o percebam. Mesmo que não o admitam – e mesmo que usem tantas vezes a palavra amor. “Depois eles encontraram a Ana. Digo, encontraram o corpo dela. Eu contei tudo: disse onde tinha jogado, por que tinha jogado…” “Por quê? O que você disse a eles?”,…


  • Quita, a estrela distorcida. Bruno, mal resgatado.

    Quita, a estrela distorcida. Bruno, mal resgatado.

    Com o tempo, nós nos perdemos de vista. Até nunca mais nos vermos. Eu sim, revi seu rosto em sonhos que me fizeram sofrer. Estela, desde o início, me lembrava Quita – a expressão de seus olhos atentos, ela que talvez fosse minha primeira namorada se de minha parte se houvesse consumado o beijo que…


  • Júnia

    Júnia

      O caso era o mais antigo do mundo: a atração entre um homem e uma mulher. O caso eram eles. Encontros são carências. Júnia é o estopim de uma bomba. Mas Danilo não sabe disso. E segue, como todos. Não pode prever o futuro. Tem de se arriscar. Se quiser encontrar o amor. Se…


  • Retomadas e recaídas: de volta ao baile de máscaras

    Retomadas e recaídas: de volta ao baile de máscaras

    Pouco me importava ter nascido no passado ou no futuro, pois estaria sempre no presente. O que, principalmente, realmente importava era vencer a neblina. A neblina. Quando por fim recobrei a calma (eu estava chorando) e ergui os olhos para o mundo, senti que havia alguém, e voltei-me para ver. O menino esquivo e silencioso…


  • Páginas claras, penumbra

    Páginas claras, penumbra

    Seus sentidos já pressentem o que há de vertigem sob esta superfície, e assim prossigo. Sei que contar não ajuda muito. Contar é já fazer esquecer. Ainda assim, preciso que me ouça. Você também provou de um veneno infalível, tornando-se desde então essa figura silenciosa, sobrevivente como eu. Duas vezes, diz. Em tudo está um…


  • Você ainda tem essa arma?

    Você ainda tem essa arma?

    Liana pensa por um instante que Ana Lúcia não seria dele. Nunca. Mesmo pensando nela como uma menina fácil. “Não. Eu a joguei fora naquela noite. Não podia ficar com ela, imagine.” “Por que não?” “Por que não? Ora, porque… Porque não. Se a polícia conseguisse um mandato e revistasse a minha casa e eu…”…


  • Sem rumo, entre rascunhos lamentáveis

    Sem rumo, entre rascunhos lamentáveis

    E minha enxaqueca não ajuda muito. Cefaleia, no caso, fica mais bonito. Mas dói como qualquer palavra. Aqui começa a segunda parte do romance A seta de Verena, Cadernos (I), que revela as tentativas do personagem de escrever algo que o satisfaça e o justifique como autor, oscilando entre as tentações da técnica e os…


  • A Walther PPK

    A Walther PPK

    Eu via o metal refletindo uns pontos de luz que vinham de algum lugar a que nem prestei atenção. Os olhos dela, no motel, brilhavam como o metal. Hidratado ou não, Danilo sentiu sua boca seca, com gosto de pedra ou areia. Ficou quieto. Depois, quase sorriu. Depois, pareceu irritado. “Grávida? Não, não. Não acho…


  • Os últimos dias de agosto. Abertura

    Os últimos dias de agosto. Abertura

    Ao fim do jogo de contas, a coleção de detalhes associados, o precário compêndio de paralelos que talvez não fosse mesmo mais do que isso, assim prevendo outra noite de unhas, outra manhã de fuga, e ignorando sempre…


  • Pedras, cometas, fichas alucinantes

    Pedras, cometas, fichas alucinantes

    A harmonia não pode durar muito, ela depende de sua própria desorganização para se reorganizar, como sempre. A simetria é oposta à vida, sim, foi o que você mesmo disse. O bar, você quer. Pista de dança no centro do retângulo. Longo balcão de impermeável, densamente estampado com estrelas, espirais, meias-luas e outros míseros sinaizinhos…


  • Sentimentos são defeitos nossos

    Sentimentos são defeitos nossos

    “Na hora passou pela minha cabeça aquilo de ela encarar os sentimentos como defeitos nossos. Que era esse o problema. Era essa a nossa imperfeição, a nossa desgraça: ter sentimentos.”


  • Apodrecendo ao seu lado

    Apodrecendo ao seu lado

    A vida se cruzava por toda parte, entre fluxos de tráfego, pedestres nas calçadas, nas faixas de segurança… Todos sempre se deslocando em busca de alguma coisa, vivos, tentando se realizar de alguma forma. Enquanto isso, em silêncio, ela apodrecia ao meu lado.


  • Queremos o fim do Quixote

    Queremos o fim do Quixote

    Sempre me impressionou muito que as pessoas andassem com calma – mesmo entre conhecidos e em suas próprias cidades. Também muitas vezes acreditei que a maneira de andar, assim como alguns gestos viciados ou cacoetes, fosse a sugestão de que a natureza orgânica começasse por eles a apresentação dos sinais de alguma desarmonia mais profunda.…


  • O nome dela era Vanda

    O nome dela era Vanda

    Após tê-la conhecido de perto, sentiu que se fazia, a corça, muito mais inalcançável, mais do que antes, quando não passava de uma sombra indefinida, e como se desde o primeiro momento ele desejasse, sem saber, alcançá-la. Ousadias avulsas. Resultado de superfície. Cansativos rituais de acasalamento. Mas no momento incerto, depois tornado certo, o desejo…


  • Assim são as festas

    Assim são as festas

    A desconhecida voltou à sala, acenou a uns amigos, o que fazia ver que não estava na festa até então. Especialmente abraçou outra garota. Perguntou por ela e por alguém mais, antes de iniciar o ritual de trocar beijos contados à altura da orelha ou estalados em falso, no ar, com uns rapazes que aparentemente…


  • Passe para pequenas viagens

    Passe para pequenas viagens

    Eu me detinha finalmente, após a tarde de minha estranha primavera. Eu me detinha após milhares de anos de civilização e genes repetidos para que sempre umas pessoas e outras habitassem as cidades e coisas parecidas com cidades. Eu me detinha na esquina de todas as cidades. Outro como eu em Buenos Aires, em Frankfurt,…


  • Vanda vence a água e as nuvens

    Vanda vence a água e as nuvens

    Mal podia vê-la, a roupa que fosse, eu chegando ao apartamento, já a desejava com toda a saliva a sufocar-me a garganta, essa sensação inconfundível que precede e já desencadeia os estados de grande excitação, e isso me cegava, impedia-me considerá-la ainda como pessoa, mal tinha tempo de pensar em qualquer outra coisa caso ela…


  • Registro de ciclos e movimentos

    Registro de ciclos e movimentos

    A Terra gira e recicla seus ossos. Há escombros impalpáveis, fendas na memória. Tantas vezes restaurada e ainda assim, na junção das hastes, o oliva-ferrugem, óxido de azuis na roleta que hoje conta os mortos. Junto ao orquidário, junto ao chafariz e ao banco de pedra, aqui onde me sentia seguro sem considerar o verdadeiro…


  • Chancelaria e viagem

    Chancelaria e viagem

    …seja este dia ou esta página, agora que tão intensamente atravesso as tardes de perdidas luminosidades, tão parecidas com a minha infância, de mesmo calor e mesmo incômodo, até finalmente intuir que um dos objetivos da vida é, magicamente, estar aqui. Medicamento sob prescrição médica, que diferença faz? Esbarro em tantos semelhantes sadios, mal os…


  • Nádia alcançada, meu último rosto

    Nádia alcançada, meu último rosto

    Senti as noites de minha juventude, o calor e o sereno de madrugadas sem fim, constatei prostíbulos que me escaparam às palavras enquanto os vivi e que não procurei resgatar na poesia das cartas. Identifiquei cada festa, cada momento de orgasmo e vertigem, cada solidão.


  • A casa e a célula

    A casa e a célula

    Claro que eu não poderia, nem deveria, aproximar-me de tal pensamento. Mesmo porque não o havia procurado, ele é que chegava até mim por meio das conclusões dela, que por sua vez pareciam ter-se originado de um sonho – para outros, talvez, um pesadelo. Na verdade, preocupam-me tentações desse gênero porque sei que sou capaz…


  • Cães de caça entre a Lira e Leão Menor

    Cães de caça entre a Lira e Leão Menor

    Eu olhava o cadáver: que fazer com esses restos? “Que fazer de vocês?”, eu o olhava. Trouxera-o de fora ao jardim dos fundos, já não podia voltar atrás. Terra ainda úmida, não seria difícil abrir uma cova precária, nem aquilo merecia mais. Logo voltariam a relva, as ervas rasteiras e umas flores inúteis, sempre casuais…


  • Sem adeus

    Sem adeus

    Os grandes, pai, talvez fossem apenas médios. Não, não me diga de novo que não sou ninguém. Estou aqui ao seu lado, não quero criar discussões desnecessárias. Estou caminhando, carregando seu peso. Parte dele, nessa alça da frente. Não pense que não sou grande à minha maneira. Tento ser humilde, tenho essa coragem. Busco respostas…


  • Cores, sombras: aquarela de passagem

    Cores, sombras: aquarela de passagem

    Minha lancheira encardida, ela com seus cadernos de classe empoeirados pelas quadras de terra que afastam a pequena escola, um galpão tosco e sem recursos que fica para mim tão longe, longe… É apenas o caminho de volta. Mas, aos seis anos, tudo é fascinante em qualquer caminho.


  • Cenas infantis

    Cenas infantis

    “É preciso ter coragem, lembra?” “Lembro, claro que sim. Mas parece que a coragem é uma qualidade dos sórdidos.” “Não importa. É preciso ter coragem de qualquer maneira. Noite alta, as casas fechadas. Sou apenas um corpo que anda. Por que a noite me aflige assim?” “Como posso saber? O que será para você talvez…


  • Espelho-rosto

    Espelho-rosto

    Oxidação, reflexos: a fina ferrugem minando a margem mostra-me que a morte perpassa os dias na superfície insólita do mundo e forja a face do tempo em sua fuga.


  • Engenho de limites

    Engenho de limites

    O luar quebrava o último ângulo dos ladrilhos. Na cama, eu aguardava o sinal sem fim das ausências, a bruma quase irreal que sucede as agitações em marcha, os pesadelos e os grandes conflitos, protegendo-me sob o cobertor como um menino se guarda sem seus anjos antes que volte vibrando, amplo e benigno, o trem…


  • Paixões e fugas (A paixão segundo três estudos)

    Paixões e fugas (A paixão segundo três estudos)

    Chuva fina, outra manhã. Ouço os cascos e as rodas das charretes nas ruas molhadas, vou sob os toldos que mal me protegem. Esta, a cobiçada cidade onde convergem os artistas. Pintam repetidamente suas vilas, becos e calçadas. Mas eu, que faço aqui?


  • Anabel em seu dia de luz

    Anabel em seu dia de luz

    Quando perdi minha filha, pensei que jamais conseguiria escrever sobre ela…


  • Das afinidades familiares

    Das afinidades familiares

    Outra noite, com amigos. Fomos os últimos. Chovia, e começávamos a nos desejar – eu, que nunca sorria. 1 Meu pai, depois de sepultado, passou a parecer-se ainda mais comigo. No sofá da sala, era o meu duplo, um espelho de terra: o pequeno rádio repetindo-lhe os informes municipais, outra vez o breve repouso antes…


  • As sombras

    As sombras

    Parei para ler o que havia nas mãos de alguns e espantei-me, porque ali se resumiam os pensamentos que ocupavam suas mentes e eram as chaves de suas almas. Li sonhos absurdos, planos criminosos, memórias, esperanças. Em muitos encontrei paixões sem sentido, vergonhas, frustrações, cartas suicidas, segredos de família…


  • Autorretrato 23 (conto)

    Autorretrato 23 (conto)

    A desconhecida que me devassava atraiu-me também. Entre suas companheiras, outras não menos cativantes, não se destacava pela beleza. Eu via algo em sua figura e em seus gestos, uma vaga ansiedade.


  • Pequenos coletores de papel

    Pequenos coletores de papel

    Descansam a carreta no pouco onde cabe toda a vida de nunca descansar. O pequeno aperta os olhos contra o sol. De mangas enormes, acena o mais velho (ou seca em seus farrapos o suor da testa?) Não, esses meninos não são o objeto de minha arte:                eles são suas próprias vidas. Quando acenam,…


  • Carta com sarcófagos

    Carta com sarcófagos

    Quarto-e-sala é como chamam esta cela. A palavra estrangeira soa um pouco mais alegre, mas claro que não a liberta nem altera seus limites. Nada há de especial neste cubículo onde às vezes sonho ou interpreto minhas solidões, exceto por uma porta extra no fundo da saleta em L. Que eu saiba, é o único…


  • Na cama, depois de tudo

    Na cama, depois de tudo

    Mônica vinha se transformando a cada fim de semana. De certa forma, ela também me preocupava. O pior de tudo era não termos dinheiro, acho. Não tenho certeza. O pior de tudo era o país. O pior era eu. Acho. Fiquei olhando seu rosto inclinado no travesseiro. Gosto de ver sua boca relaxada, entreaberta, mesmo…


  • Gotas, goteiras, chá com bolinhos

    Gotas, goteiras, chá com bolinhos

    “Mais do que de novas paisagens, precisamos de novos olhos”, escreveu Marcel Proust. Um dia, quando esse sensível escritor francês tomava chá com bolinhos, ocorreu-lhe, influenciado pelo aroma e pelo paladar característicos dessa combinação, resgatar definitivamente sua vida e seu universo, tão encantado quanto real, desde a infância até seus amores mais recentes, passando por…


  • A bela e as esferas

    A bela e as esferas

    Foi então que, abrindo os olhos, voltando dessa experiência mística, esse meu rápido e estúpido transe, me aconteceu perceber o interesse de uma jovem púbere, de agradável semblante, que a mim observava discretamente de sua mesa, relativamente próxima. Estava com os pais – veja-se se isto são lugares para se levar uma garota dessas numa…


  • Perdemos o fim da missa

    Perdemos o fim da missa

    Eu olhava ao fundo o retrato de Machado de Assis, menino de morro, ascensão social e exemplo que querem os outros como encarnação de seus métodos de controle, este à minha frente, eu considerava, se não finge tanto quanto eu, espera como todos que eu escreva por ele, que eu veja o que ele ainda…


  • “Pois eu faço questão!”

    “Pois eu faço questão!”

    Por essa época, nada me parecia suficiente. Mas eu pressentia estar me aproximando de alguma nova efervescência de meus valores. Dois capítulos sobre isso é mais do que o gosto do leitor médio pode suportar, eu sei. Foi mesmo uma recaída. Arcádio Raposo vai querer cortar tudo. Ora, não. Talvez não. “Somos uma editora.” É…


  • Retrato de meu hábitat quando jovem

    Retrato de meu hábitat quando jovem

    Voltei para casa, mas sem grandes preocupações. No caminho, havia decidido levar adiante meu projeto, mesmo que não pudesse editá-lo. Deve ser algum distúrbio, eu sei. Cheguei menos cansado que o normal, suspirando assim mesmo, olhei com má vontade a pasta com meus textos sobre a escrivaninha (eu pretendia levá-los à editora, mas no último…


  • Canção de ser

    Canção de ser

    Aura da morte no mofo das fachadas, ameaça inerente às coisas que são e têm sido. Torna a chuva a demarcar o tempo, supõe ouvir: é preciso coragem.


  • O Arcádio do Conselho Editorial

    O Arcádio do Conselho Editorial

    Antes de ir até lá, eu havia telefonado para confirmar a entrevista. Ela me deixara esperando por um tempo razoavelmente longo, pois fora o bastante para despertar-me o tédio, enquanto a gravação no aparelho entoava: Há um mundo bem melhor, todo feito pra você…, aquela incrível canção com a qual tentam nos motivar desde as…


  • Memórias de gentis predadores

    Memórias de gentis predadores

    E o que é essencial à vida (a atração pelo sexo, o prazer da conquista e da sedução) se repete intensamente, com uma energia provinda de nossos genes, que não respeitam nenhuma estética criada por nós. Só o que podemos, com toda sinceridade, é admitir isso.


  • Passeio (forçado) com Mônica

    Passeio (forçado) com Mônica

    Mônica esperava em meu quarto. Sentada na cama, curvada para a frente, a mão direita apoiando o queixo, os últimos dedos mordiscados entre os dentes, a outra esquecida no colo. Pernas cruzadas, um pé como solto no ar desenhando voltas sobre si mesmo, depois refazendo o giro a girar no sentido contrário. “Então? Vamos?” Entregou-me…


  • Noções de origem

    Noções de origem

    Por uma questão de dignidade, eu queria continuar contando mentiras bem elaboradas, e nunca passar à frente nenhuma mentira que não fosse de minha própria autoria. Sim, isso me animou em muitas fases difíceis da vida. E talvez me motive sempre. Ah, como é bom escrever. Como é bom mentir.


  • Sonho 811. O livro que falta

    Sonho 811. O livro que falta

    A coleção consistia de quatro livros ilustrados, uma enciclopédia adaptada para adolescentes, com artigos sobre inúmeros assuntos. Com o tempo, algumas imagens desapareceram de suas páginas, e eu nunca mais as encontrei – um menino deitado sob uma groselheira, o rosto malvado de um corsário e uma jovem grega portando uma ânfora. Talvez eu as…


  • Dilemas inofensivos, obsessões horrendas

    Dilemas inofensivos, obsessões horrendas

    Como me irritam pessoas que leem tudo tão rápido. De uma enfiada, elas dizem. Bem-humoradas, contentes com essa capacidade boba. Como já disse, sou lento para ler (ou lerdo, o que melhor servir), devo reprimir uma faísca de inveja dos rápidos. Não sei se é só isso. Você fica cinco anos escrevendo um livro, relendo…


  • Beckett lhe dá as boas-vindas

    Beckett lhe dá as boas-vindas

    Cheguei mesmo a impedir que ela se apoderasse de uns exemplares meio carcomidos, que poderiam destroçar-se de vez – porque eu guardava umas edições muito velhas, de um papel que teria sido branco noutro século, tão antigas que, ao lerem-se alguns de seus parágrafos em voz alta e com alguma boa vontade, seriam capazes de…


  • Rapsódia em cinza

    Rapsódia em cinza

    Sol em teu passado, mesmo que hoje atravessa teus olhos. Mesmo o inverno. Dias de chuva. E teu sonho.