Office in a Small City por Edward Hopper

Categoria: Marcas de gentis predadores

  • Um dia, você abriu o jornal…

    Um dia, você abriu o jornal…

    “Mas você a subestimava mesmo, não? Olha só, como ela era sensível! Puxa, acho que só as mulheres se entendem afinal. Essa das conchinhas… Estou gostando dela, cada vez mais. E se ela estivesse viva, eu estaria preocupada agora, me contorcendo de ciúmes.” Danilo sorriu com o cantinho da boca, vaidoso. Mas baixou os olhos…


  • O segredo das conchas

    O segredo das conchas

    “Não importa se você vai rir de mim, não importa mesmo.” “Ora, Ana, imagine…” Ela remexia a bolsa. Buscava uma coisa. Algo se prendeu, depois se soltou, em meio a algum ruído de chaves ou qualquer outra quinquilharia de metal.


  • Todos nós, de vez em quando…

    Todos nós, de vez em quando…

    Cris e seus periquitos australianos. Eram dos pais dela, melhor dizendo. Ela morava com eles – com os pais e com os periquitos. Havia um grande viveiro na área externa do apartamento, que tinha o privilégio de ser no térreo. Cris convidara Danilo e mais uma colega a estudar inglês em sua casa naquela tarde,…


  • Mas como isso começou?

    Mas como isso começou?

    “Mas como isso começou? Você, com a Ana Lúcia? Como começou de verdade? Quando vocês ficaram juntos e…” Liana esperava, de frente, olhava a boca e os olhos dele, alternadamente.


  • A foto deles dos Beatles

    A foto deles dos Beatles

    Os Beatles também concordaram em expulsar um ou outro baterista, tudo em nome da estética, da arte, da posteridade, do sucesso. E porque, mesmo parecendo rebeldes, obedeciam ao empresário, seu patrão. Queremos ser como o americano (Presley), declaravam, pretensiosos. Queremos ser os palhaços do mundo. Querem ser todas as coisas.


  • Arranjo para impedir Ana Lúcia

    Arranjo para impedir Ana Lúcia

    Solte essa arma, não faça isso. Não se vá, Ana, não vá embora, não vá. Não há destinos para todos nós. Não há destinos suficientes para todos nós.


  • Eu, datilógrafo

    Eu, datilógrafo

    Desde que pressionara, canhestramente, as primeiras teclas daquela antiga máquina de escrever… Bem, podemos tentar outra coisa. Essas nostalgias não poderão salvá-lo agora.


  • Lemuel

    Lemuel

    A máquina de escrever? Funcionando sim, barulhenta e produtiva. Enquanto os colegas repartiam cerveja e conceitos efervescentes, ele os observava, observava por algum momento a si mesmo em meio àquilo tudo, ruminava: não importa o que eles dizem, todos os dias e noites vão passar, tudo isso vai deixar de ser, todas essas ideias e…