Office in a Small City por Edward Hopper

…projeto esvanecendo-se…

Um processo em curso, propenso à descontinuidade.

Com o casamento e a vida profissional desmoronando, um homem passa a reavaliar as chances de retomar sua condição anterior e de reintegrar-se ao ambiente social que conhece por meio de Marjorie, sua esposa, enquanto, secretamente, pensa em uma maneira de nunca mais voltar. Surpreendido, revendo seus valores e atento para não se perder de vez do que ainda o inspira a consolidar significados (motivo maior de alguém continuar vivendo), envolve-se com uma jovem desempregada, após um encontro casual, em um dia “orientado por nuvens”.

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Comentários

2 respostas para “…projeto esvanecendo-se…”

  1. Avatar de MARIS ESTER APARECIDO DE SOUZA
    MARIS ESTER APARECIDO DE SOUZA

    Querido Perce,

    Sua obra é excelente! Sua escrita é brilhante! O próprio personagem comenta de suas digressões, mas são elas que movimentam a obra… A volta ao passado, esse constante ir e vir entre o ontem e o hoje permitem que o leitor se aproxime do protagonista, trazendo-o próximo ao seu cotidiano. Por várias vezes, li e reli, tentando acompanhar a proximidade de seus personagens secundários com o personagem principal. Por muitas vezes me perdi nesse jogo que envolve seus personagens, pois eles não têm voz própria para se defenderem ou para se questionarem, contudo você consegue nos prender até o fim, mantendo o clímax e um final aberto que é próprio em suas obras. Ler suas obras são sempre um desafio! Parabéns!

    1. Avatar de Perce Polegatto

      Muito obrigado pelas palavras, Maris. Sim, é tudo intencional, os personagens desafiam nossas suspeitas, algumas falas e situações parecem nos indicar algo, mas não se concluem, deixando a dúvida no lugar da conclusão. Sabe que não gosto de nada convencional, nada previsível, nem como leitor nem como autor, e a literatura sempre foi, para mim, inspirada na subversão, na corrupção. Certa vez escrevi que “ninguém se inicia em literatura sem alguma vez se corromper”. (“A conspiração dos felizes”). É nisso que acredito, desde que me apaixonei por essa arte – e ainda hoje.

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