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Projeto esvanecendo-se. Pequena deusa simples
Era outro mundo, as coisas eram outras coisas. Eles inventavam um monte de histórias, uma quantidade de deuses e deusas, e ninguém estranhava nada, era tudo lindo e assustador.
Tatuagem na virilha direita. Borboletinha à qual deu um nome delicado e infantil. Uma palavra que, tanto quanto o endereço e o nome verdadeiro inteiro da Josie, naturalmente eu não posso revelar, e também, como outras palavras especificas, derivadas dessa nova realidade e regidas por esse envolvimento, enquanto sigo respirando os dias e me deslocando por mais espaços, discreto inquieto em segredo, agora um homem entre parênteses buscando outro convidativo espaço íntimo, brilham como joias sorrindo entre minhas ideias. (Uma pena, porque às vezes me pego muito ansioso e tenso, louco para contar tudo.) Eu não a chamaria Rosebud ou Claire, nada assim acovardado, sob referências, mas garanto que é um nome breve e simpático, desses que nos fazem estranhar e sorrir quase ao mesmo tempo, nessa sequência sutil. Eu me divertia com o nomezinho forçado dessa lepidóptera de decalques (começa com A) enquanto examinava de perto os traços finos e as cores fracas de suas asinhas desbotadas divididas desdobradas entre a coxa e a lateral do baixo-ventre. Com o tempo, }A{ deixou de me interessar, perdeu minha atenção. Eu nem pensava mais nesse enfeite de criança dela – a não ser que, por um motivo qualquer, estivessem meu rosto e meus olhos muito perto desse recorte específico de sua nudez. Mas como uma tatuagem não pode ser apagada, }A{ invariavelmente me recordava as coisas que não podem ser revertidas, como são todas as coisas do tempo, que são todas as coisas que participam de nossas vidas, o tempo todo, as coisas do mundo, como já se sabe e já se espera. Podemos negar e omitir, e as pessoas futuras jamais saberão do que não queremos que saibam. Mas o fato é que essas tais coisas já aconteceram – por isso é que não podem ser apagadas. Nunca. E não é porque o tempo passou. É porque aconteceram. Sejam atos de heroísmo ou de vergonha, estão feitos.
Josie, eu confesso que não consigo adestrar minha imaginação adolescente avulsa abundante quando estou assim com você, já disse isso, lembra? Fala, ahn? Fala de novo. Você à minha frente, num lugar longe, longe no tempo, perto de umas rochas cor de tijolo, quase amarelas, e umas árvores tranquilas, você com uma clâmide… Quê? … uma espécie de túnica, até os joelhos, uns enfeites, sandálias trançadas, uns detalhes nos cabelos, coisinhas delicadas nos cabelos, botões de pilriteiros talvez, uma deusa leve, otimista. No alto de um aclive suave. Perto de mim, uns passos acima. Trilha estreita, terra avermelhada bonita, margens com ervas rasteiras. Ah, mas que menino poeta… Carinho em meus cabelos. Eu fechava os olhos em sua cama enquanto descrevia inventava sonhava. Você estende a mão, eu também, a gente se toca, feliz. Uma pequena deusa com cara de… Pode rir, não me importo, eu adoro imaginar assim mesmo. Não, não tô rindo de você, lindo. Verdade. Só adorei também. Você é meio assim, não é? Com essas coisas. Esse tipo de coisa. Não vejo ninguém me falando essas coisas. Por isso que eu acho meio engraçado. Só isso. Muito gostoso, viu? Que mais? Fala… Josie, olha. Chamar uma jovem bonita… Tch, ah! – gesto rápido de não-sou-bonita-não. Me escuta. Chamar uma jovem bonita de deusa é um clichê desgastado, muito sem graça até, e eu não tenho uma imaginação só minha. É sempre a repetição das coisas e coisas que mais ou menos eu sei. Ah, lindo, mas eu não ligo, que se dane, não precisa ter nada, que isso, só fica assim comigo, vem cá. Dois três beijos alegres. E seu nome de deusa é… Deleitônima. Ah, é? Ahah. Como é? Deleitônima. Ela sorri, com suas covinhas, boca larga dilatando as narinas. Palhaço! Que nome estranho… Nada era estranho na Grécia antiga. Era outro mundo, as coisas eram outras coisas. Eles inventavam um monte de histórias, uma quantidade de deuses e deusas, e ninguém estranhava nada, era tudo lindo e assustador. Pena que apareceu o cristianismo depois. Sei, sei. Beijo entrecortado. Tento evocar a deusa enquanto sou dominado por sua boca. De lei tô ni na ma ma… Ela consegue sorrir enquanto beija, mais ou menos isso. Errou. Errei? De lei tô mi ma ni ma… Ahahahah, mas que bobo. Beijo contínuo agora. Breve, mas forte. Bem pegado. Acabou o beijo. Pequenos sorrisos. Quanta bobagem um homem encantado diz! Chega de brincadeirinhas. Chega de graça e de Grécia – graças a ela, graças novas e grécias antigas. Ela me olha, quieta, mas brilhando de viva, essa deusinha pobre. As covinhas à espreita, ao fim de seu sorriso, quase visíveis, querendo mostrar-se a qualquer momento. Intimidades conquistadas sem pretensão. Lindésima: se eu fosse um cônsul romano, com aqueles nomes tipo Públio Perce Quarto, sabe, você seria minha esposa. Ela acenou a cabeça negativamente, sorriso a meio termo. Ou amante, como agora? Não, não: esposa mesmo, e se chamaria… Décima Centésima Lindésima. Ela às vezes ria com gosto dessas bobagens. Às vezes não. Não sei o que vai ser de nós, lindo. Fico pensando nisso. Que droga, viu? Que chato. Acho que eu te amo.
… os deuses gregos representavam uma sociedade hierarquizada, tinham competências e poderes bem definidos, cada um com seu limite, e mesmo o mais poderoso, não sendo onisciente nem onipresente, também tinha seus problemas. Nenhum desses deuses era absoluto ou completamente transcendente – ou nada faria sentido…
Eu nunca tinha visto a Joss Stone quase comovida assim. Falava pouco, vi que ela estava meio sensibilizada. Não é bom que ela me ame. Mas é menos pior que seja assim. Que não seja um teatrinho uma trapaça um trote. Eu é que não conseguia corresponder a essa sinceridade dela, pressupondo que aquilo não fosse verdade. Que ela estivesse interessada em alguma coisa, eu não sabia o quê. Mas não estava, como hoje sei. Não estava, nunca esteve. Então ela me disse isso pela primeira vez, como diria ainda outras vezes, bem à sua maneira. Que chato. Acho que eu te amo… – e isso sempre me dava medo. A culpa era minha, claro. Não tinha nada que estar ali, com ela. Não tinha que ter medo. Ou ficava com ela sem medo ou nada de nada. Porque eu sabia, sempre soube, que tudo tinha um preço. Tudo tem um preço. Por algum tempo, pensei que a pergunta principal fosse: quem paga as contas? Mas havia uma pergunta pior ainda: quem lhe dá as contas? Quem é que cobra? De onde vêm essas contas? Imagine-se então essa pequena deusa simples, que não se considera bela, que não vê a si mesma como alguém especial, de uma sinceridade admirável automática ampla e imatura, acostumada à sua própria beleza real, sem alarde, um rostinho comum, que passa despercebido pelas ruas. Um rostinho que eu via de muito perto, muito muito perto. Absolutamente lindo. Linda por não se importar com isso.
Flauta pagã. Ela veio até mim, por estar aqui. Deusas mundanas, do mundo humano. É que não há outra vida nem outro mundo. E elas não são imaginárias: estão por toda parte, confundidas conosco. Heranças e ímpetos renovados. Fluxo hormonal atravessando milênios. Um homem antigo, uma mulher antiga. Modelos reciclados, dados compartilhados. Tudo lhe ocorre enquanto a admira e a acaricia e se arrepia de fascínio, ela agora acomodada ao seu colo, com as roupas simples que gosta de usar, dando-lhe suas pernas bonitas seus pés bonitos bem proporcionados. Foi a primeira vez que eu a vi, que nos vimos. Não tenho certeza. Depois, mais duas. Até então, eu a vira três vezes. Era uma vez as três. Isso foi em março.
Um losango minúsculo em sua correntinha de tornozelo: ela diz que é seu talismã, amuleto da sorte. Ele tem de fingir que concorda convive compactua com essas suas bobagens singelas. E você, tem um talismã? Mostra pra mim? Não tenho, não sou supersticioso. Mas já fui, e tive um quando era criança. Uma peça pequena, de plástico, com a forma de uma cápsula espacial, como aquelas que retornavam do espaço e caíam no Atlântico. Acho que era parte de uma tampa de panela, o pegadorzinho no topo da tampa, que deve ter se soltado, e eu o achei no quintal, sob o limoeiro. Esse achado foi mágico: um pequeno cone sextavado, cor de âmbar, plástico translúcido, brilhando entre umas pedras escuras e plantinhas rasteiras. Cheguei a carregá-lo no bolso durante o segundo ano de escola, para me dar sorte. Quando acontecia alguma coisa ruim, eu raciocinava que, sem meu talismã, poderia ter sido pior. É o princípio das religiões, entende? Em algum momento, eu o perdi. Ah, que pena… E não arrumou outro? Não, querida: não arrumei outro. Não acredito, não me importo. Minha sorte é você. E com esse golpe piegas de farsa romântica, vê seu sorriso de covinhas escapar de repente. Como ela é bonitinha, Zeus meu!
Apesar de citar elementos da Grécia antiga, o que é a coisa mais banal básica didática e conhecida por todos em toda parte, não havia nenhum esnobismo em minha fala nem na estética esboçada em minhas simulações. De verdade, não. O fato é que essa garota ignorante e carente me inspirava de outra maneira: eu queria era me livrar de tantos conhecimentos que não me ajudavam em nada e já estavam longe de ser uma daquelas coisas que-eu-mais-tinha. A Josie não precisava disso. Vivia muito bem sem isso. E me fazia relaxar dessas patéticas pretensões ditas intelectuais. Maquiavel uma vez escreveu… O quê? Maquiavel. Ahn. Ele escreveu que… que… Pouco me importa. Que os homens se conquistam ou se destroem? Mas ela reage com simpatia. Pouco curiosa, muito carinhosa. Gosto dessas coisas que você sabe, gosto de ver você sabendo coisas, você sabe uma porção de coisas, não é? Mas essas coisas que-eu-mais-sei fazem de mim um tolo pior que o Fausto. Ao menos me sinto bem em constatar-contar isso. Os homens se conquistam ou se destroem: ela não quer pensar em nada disso, ela vive muito bem sem nunca pensar nisso, difícil entender? Os que pensam nisso e os que não pensam nisso acabam vivendo suas vidas de uma maneira ou de outra, à margem da história – você mesmo, um cidadão inútil. E os poderosos, de alguma forma, também pagam seu preço. Os reis são escravos da história, como observou Tolstói. Quanto mais alta a posição hierárquica, mais limites enredam a liberdade de um indivíduo, que tem seus passos vigiados suas ações determinadas seus desejos previstos – a menos que se trate de um louco, e nesse caso o mais provável é que sua vida e seu mandato acabem em sangue. Mas ninguém está à margem da história, pois são os pensamentos e os gestos de todos nós que… Pare, volte a ela. Respirar fundo, amigo. Você é livre quando está livre das limitações históricas. Livre quando está com a Josie. Tente sorrir um pouco, sem nenhuma razão. Ah, eu amo quando ela chega à porta do quarto, nua e uma bandeja com chá e biscoitos, explicando-se enquanto anda. Tem mais dessa bolachinha lá no armário. Você gosta? Minha mãe não podia, que ela era diabética. Preciso de comprar mais café. Eu assumia, ali, com a Josie, a versão mais simples de mim mesmo.
… Piet Mondrian confessava que nunca se sentia livre, que sempre havia algo que o pressionava a continuar. Mas eu queria me livrar disso também, das coisas boas que ela me trazia de bandeja, sua voz seus gestos sua nudez. Não queria ser pressionado a continuar, queria reter comigo apenas eu mesmo…
E essas bobagens imaginativas, próprias de quem se reconhece encantado, equivalem ao gosto pelos contos de fadas e pelas histórias maravilhosas e pelos episódios mágicos ensinados nos livros religiosos: algo que nunca aconteceu e nunca acontecerá. Recaídas de nossas concepções infantis, que tentam traduzir essa inocência residual, no fundo pedindo ajuda, amedrontada, sustentando, como pode, um desejo insensato pelas coisas como elas não são e como elas jamais haverão de ser. Um mundo perdido é um mundo que nunca antes possuímos, apenas porque não existiu. Um mundo que não se perdeu, porque nunca foi. Um mundo no qual nunca vivemos – e que ironicamente projetamos no passado, ao contrário do que seria natural: projetá-lo no futuro. Até isso é contra a vida. A Josie entre as rochas antigas e as árvores frescas de um paraíso helênico só podia mesmo render um sorriso solidário dela – e uns beijos mais fortes, vá lá. A Josie, à imagem da Joss Stone, por si só uma Joss baixinha e menos glamurosa, encarnada à minha frente, à frente de meus sonhos inventados, com a perspectativa de que as coisas talvez pudessem encaminhar-se conduzir-se apontar a algum desfecho tranquilo e desejável, próximo ao ideal e à beleza, todas essas imagens e seus arranjos denunciavam um incômodo sintoma de que eu não me completara adequadamente em mim mesmo. Essa beleza é imaginária. Uma ilusão incompatível com um adulto. Longe das longas e variadas narrativas mitológicas ou das tragédias clássicas provindas dessa fragmentada região insular a um canto do Mediterrâneo, não havia senão a vida real, com a força simples de sua concretude, distorcida às vezes por alguma fragmentada região mental geradora de minhas ideias, a um canto de minha visão mediana, atravessando cacos e se lançando à frente, avançando talvez rumo à escuridão. Quem uma vez me houvesse conhecido, e talvez se ofendido com alguma sutileza produzida por minha velada arrogância, e ao meu desejo infantil de alfinetar os outros no ponto nevrálgico de sua inveja, só por ser como era, agente natural da razão clara, do intelecto invicto, pronto a absorver tudo, desfilando com uma namoradinha que todos admiravam (a Marjorie serviu a isso por pouco tempo, umas primeiras semanas, compartilhava desse teatrinho maldoso), e me visse agora certamente se sentiria vingado, fé renovada na justiça sempre insuficiente do mundo. No mais, essas imagens deliciosas não passavam de outro sinal indisfarçável de que eu não estava bem. Nesse dia, quando saí de lá, da casa da Josie, o sol estava se escondendo atrás de uma tira de nuvem escura.
E as coisas não estariam melhores. Outra imagem, nada animadora: a figura forte da Marjorie sentada à mesa da copa, taça de vinho tinto entre as mãos, ao fundo os armários planejados de nossa cozinha, cristalizara-se em mim. Sábado frio, um fim de tarde nublado. Perfeitamente. Tristemente. Eu chegava suado de uma corrida, camiseta de mangas compridas, calça de abrigo, todo cinzento. Ela não chorava. Não chorou nenhuma vez. Mas era como se tivesse secretado lágrimas sem eu ver. Suéter mesclado em cinza com estrias negras, lembrando um pouco a pelagem de Coco Chanel, calças de moletom escuro, botinhas baixas. Seus olhos bonitos escuros de amora pareciam inchados injetados. Nós dois, nove anos juntos, a uma semana do dia dos namorados. A um dia de um último dia. Amor noves fora zero – eu plagiava Bandeira sem nenhuma alegria. O inverno antecipado, outro resultado de instabilidades climáticas, dominava toda a região por esses dias. Fantasmas do fim do outono nas friagens. A noite começava lá fora, com lua escura e varridas de folhas, e eu imaginava uma porção de estrelas miúdas brilhando num céu negro e limpo. Tentei ser ameno. Passei por ela, peguei uma caneca no armário. Está nevando no sul, Marje. Você viu as fotos? Não, claro, eu não esperava mesmo que ela respondesse a isso. Menos que um estado de tensão, uma situação limítrofe. Tudo era diferente agora. O que mais nos unia? Eu ainda me atraía por ela. A Marjorie, como eu já disse e disse, é uma mulher bonita, boa postura, põe-se elegante o quanto pode. Mas isso, isso tudo também tinha que terminar em mim, para mim. Que importam nossas aparências? Nem mesmo as festas na Maga existiam mais, que eram um fio condutor entre nossas relações externas e internas, acobertando por vezes uma guerra civil doméstica, camuflada por nossas boas relações diplomáticas com o mais dos povos. Não, nem isso havia mais. A Maga nos surpreendera com sua morte, com sua doença evoluindo, escondida de todos. Quando a Marjorie me olhava de frente, incisiva, eu percebia um misto de fúria contida um lamento uma frustração uma dor. Eu via uma pessoa decidida resistindo a um ato intempestivo, talvez gerado por um impulso ou uma paixão. Via uma predadora ferida em seu orgulho. De olhos ainda muito vivos. Um falcão magoado. Você sabe que não pode mais viver aqui. Não sabe? Sua voz em volume baixo. Controlada e neutra. Como ao fim de uma extensa tarefa, rendida a um cansaço característico. Eu sei. E agora que você me diz isso, eu sei mais ainda, com toda certeza. Onde você vai ficar? No seu irmão? Não sei. Não sei ainda. Você já pensou no que eu tenho que dizer pro meu pai? Pro meu irmão, pra minha família? Pras minhas amigas? Você pensou nisso? Não… Não. Você não pensou em nenhuma consequência desse tipo? No que vamos dizer pra quem a gente conhece? Marje… Eu pensei muito muitas vezes em muitas coisas. Mas não nisso. Não vou dizer nada. Por que os outros se importam? O que têm eles? Ocorreu-me dizer, como ela própria parecia agora prestes a dizer, como se a imitasse, mas não disse, aquela sua frase terminal amena medida: eu estou cansado de falar. Meus movimentos pareciam limitados e lentos. Como num sonho. Ir embora. Vou embora. Já fui embora de outros lugares. Todos nós fomos. Todos nós, um dia, vamos embora. Deixei a copa, saí de sua vista. Passei por Coco Chanel, que me olhou longamente. Carinho em sua cabecinha peluda. Antes de abrir o portão do jardim, por onde preferi sair. Foi assim que deixei para trás esse meu conhecido jardim – que de alguma forma nunca foi meu. Isso foi em junho. Isso acabou em junho.
Projeto esvanecendo-se
19. Nossa juventude em fatias de espaço-tempo – sequência
17. Os rapazes, os homens, a guerra – anterior
Imagem: Asher Brown Durand. Estudo da natureza: rochas e árvores. 1856.
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Comentários
Uma resposta para “Projeto esvanecendo-se. Pequena deusa simples”
Pena que apareceu o cristianismo …
A reflexão sobre os feitos humanos na história e o papel que a hierarquização das relações sociais cumpre no cerceamento de nossa liberdade deram um refinamento ainda maior ao texto.
Gosto muito da escrita clara e da narrativa que flui bem diante dos olhos.
Ótimo texto.
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