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Bellow – Herzog
Ele se tornou o que parecia improvável para um imigrante judeu e pobre: um dos mais importantes escritores norte-americanos do século 20. Seus heróis são homens comuns, por vezes um tanto intelectualizados, lutando para manter sua integridade em um mundo devastado pelo materialismo, pelo consumismo, pela arrogância e pelas atitudes egoístas visando à ascensão social. Com Herzog, romance autobiográfico, escrito num período em que se angustiava com a dissolução de seu casamento, depois de constatar que sua esposa (Madeleine, na ficção) o estava traindo com seu melhor amigo, alcançou notável popularidade e firmou-se como um dos autores mais representativos de sua geração. Bellow ganhou o prêmio Nobel de Literatura em 1976.
No trecho escolhido, observa-se a habilidade do autor em localizar no tempo e no espaço algo tão drástico quanto um pedido de divórcio, em meio à beleza contagiante de reflexos e cores a partir de objetos simples.
Na estante de prateleiras de vidro, erguia-se uma coleção ornamental de garrafinhas de vidro, venezianas e suecas. Vieram com a casa. O sol agora batia nelas. Eram atravessadas pela luz. Herzog viu as ondas, os filamentos de cor, as barras transversais espectrais, e em especial um grande borrão de branco flamejante no centro da parede acima de Madeleine. Ela estava dizendo: “Não podemos mais viver juntos.”.Saul Bellow, Herzog.
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