Office in a Small City por Edward Hopper

Alice, a bagaceira, o sonho de um homem ridículo

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Cena do filme Alice no país das maravilhas, de Tim Burton 1

Em 1865, foi publicado Alice no país das maravilhas, de Lewis Carroll. Ele era principalmente um matemático, apaixonado por charadas e ideias absurdas (nonsense). Tinha o estranho e discreto “hobby” de fotografar meninas nuas ou seminuas, com autorização de suas mães. Deixou instruções para que, após a sua morte, essas imagens fossem destruídas, temendo comprometer as meninas, que um dia seriam adultas, poderiam se constranger com isso e, quem sabe, ter problemas com seus futuros namorados ou maridos – lembrem-se de que estamos falando do século 19, Inglaterra vitoriana. Mesmo assim, cinco dessas fotografias sobreviveram. Inicialmente, seu clássico iria se chamar Alice debaixo da terra.

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A bagaceira, de José Américo de Almeida, publicado em 1928, foi o primeiro romance regionalista do Modernismo brasileiro, tratando do tema da seca no Nordeste. Na década seguinte, José Lins do Rego, Graciliano Ramos e Rachel de Queiroz elevariam o gênero à categoria de obra de arte.

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Na novela “O sonho de um homem ridículo”, de Fiódor M. Dostoiévski, o personagem que sonhou haver corrompido toda a humanidade desabafa: “Passei a amar a terra por eles profanada ainda mais do que quando era um paraíso, só porque nela surgia a desgraça. Infelizmente, eu sempre amei a desgraça e a dor, mas somente para mim mesmo, para mim mesmo, enquanto que por eles eu chorava e tinha pena.”

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Imagem: Mia Wasikowska em cena do filme Alice no país das maravilhas (2010), dirigido por Tim Burton.

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