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Quintana – Dorme, ruazinha… É tudo escuro!…
Em sua própria definição, ele foi um menino que envelheceu de repente. Sua sensibilidade parece ser o ponto de maior destaque entre ele e os outros modernistas. Seus temas procuram enfatizar um bem que nos toca, que nos é caro, mas que, naturalmente, todos nós perdemos: a inocência. Conheça um de seus poemas, desses que nos fazem outra vez crianças. Leia sem malícia. Relaxe sua crítica severa. Acompanhe os passos do poeta, sua simplicidade. Talvez essas ruas, por onde passeava nossa inocência, não existam mais.
Dorme, ruazinha… É tudo escuro….E os meus passos, quem é que pode ouvi-los?
Dorme teu sono sossegado e puro,
Com teus lampiões, com teus jardins tranquilos… Dorme… Não há ladrões, eu te asseguro…
Nem guardas para acaso persegui-los…
Na noite alta, como sobre um muro,
As estrelinhas cantam como grilos… O vento está dormindo na calçada,
O vento enovelou-se como um cão…
Dorme, ruazinha… Não há nada… Só os meus passos… Mas tão leves são,
Que até parecem, pela madrugada,
Os da minha futura assombração…
Mário Quintana, Dorme, ruazinha… É tudo escuro…
Leia sobre outro importante poeta modernista.
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