Office in a Small City por Edward Hopper

Horácio

A eternidade presente

George Gardner Symons. Rochas e mar.

Horácio

(Venúsia, 65 a.C. – Roma, 8 a.C.)

Quintus Horatius Flaccus, considerado o primeiro literato profissional da Roma antiga, participou da conspiração que culminou com o assassinato de Júlio Cesar e chegou a comandar uma legião de soldados que lhe foi designada por Bruto. Filho de um escravo liberto que prosperou trabalhando como tesoureiro de leilões, Horácio pôde, a despeito de sua origem simples, beneficiar-se de uma boa formação acadêmica, que iniciou em Roma e completou em Atenas. Parte de seus poemas revela influência da filosofia de Epicuro e trata da brevidade da vida e da questão de se aproveitar o tempo, ideias recuperadas na poesia do Arcadismo, muitos séculos depois. Anistiado posteriormente, trabalhou em Roma como escrivão, atividade que mais o aproximou da filosofia e das letras. Seu amigo Virgílio, o célebre poeta autor da Eneida, apresentou-o a Caio Mecenas, que era então ministro e homem de confiança do imperador Augusto. Com essa amizade, Horácio passou a frequentar os salões da aristocracia romana, ficou conhecido por seus versos e recebeu apoio financeiro para dedicar-se inteiramente a sua arte. Um de seus poemas mais conhecidos, a “Ode n. 11”, aconselha a aproveitar o tempo presente e a descrer do futuro (“Carpe diem, quam minimum credula postero.”), tornando-se, para muitos, uma espécie de filosofia de vida.

Caio Mecenas, cujo nome passou a significar patrocinador das artes, foi um dos mais importantes estadistas romanos. Destinava parte da fortuna de sua família ao incentivo da literatura entre os círculos intelectuais do império, que vivia seu auge.

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