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O tempo limpará tuas mãos
o rosto nas trevas – e antes que apodreçam.
O tempo limpará tuas mãos
de tudo que se tem armazenado em sua emulsão de cinzas.
O tempo limpará tuas mãos de teres arranhado
o rosto nas trevas – e antes que apodreçam.
…………..Adeus, pássaro negro e agourento.
…………..Não devo agradecer o mar escuro que deixaste.
…………..Quero desejar que apenas não me voltes.
O tempo limpará tuas mãos, o tempo
as limpará de ti – sem o caldo viscoso e a sopa no pântano
do que uma vez nutriu tua infância de névoa,
o tempo – e antes que a chuva
desça a umedecer os mortos – limpará tuas mãos.
O tempo limpará tuas mãos ante o dia que seja,
o dia outro, o dia mesmo – que é ele o senhor de teu sendo.
O tempo limpará tuas mãos – antes que apodreçam.
E nada poderá detê-lo.
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Imagem: Liu Mao Shan. Paisagem 7.
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