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Sahara
1
A, duplicado, sugere a extensão do deserto.
É preciso não ter ouvidos nem olhos:
o pior das miragens são os falsos oásis
– quando nos convencem a ficar. 2
H interrompe o vento
como se o fizesse
engasgar com a areia. Nada do que existe fragmenta o insondável silêncio,
antes sua surdez inviolável,
soberana hoje
como o foram todos os sultões da Terra. Hoje em silêncio.
Hoje não mais. 3
H: há algo entre mim e o horizonte.
O que seria talvez outra palavra,
outro sonho de buscá-la antes de buscar-me. H, a miragem desdobra o infinito:
as dunas chapadas e a geometria imprevista
de um horizonte exato, claro e preciso, sem deuses
cada estranha sede
ou o desejo de avistar algo além
do que simplesmente é. ……………….Um gesto protege os olhos
……………….contra o insustentável sol. Assim, os cinco dedos da mão.
A, duplicado, sugere a extensão do deserto.
É preciso não ter ouvidos nem olhos:
o pior das miragens são os falsos oásis
– quando nos convencem a ficar. 2
H interrompe o vento
como se o fizesse
engasgar com a areia. Nada do que existe fragmenta o insondável silêncio,
antes sua surdez inviolável,
soberana hoje
como o foram todos os sultões da Terra. Hoje em silêncio.
Hoje não mais. 3
H: há algo entre mim e o horizonte.
O que seria talvez outra palavra,
outro sonho de buscá-la antes de buscar-me. H, a miragem desdobra o infinito:
as dunas chapadas e a geometria imprevista
de um horizonte exato, claro e preciso, sem deuses
cada estranha sede
ou o desejo de avistar algo além
do que simplesmente é. ……………….Um gesto protege os olhos
……………….contra o insustentável sol. Assim, os cinco dedos da mão.
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