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Gárgula
Carranca medonha no chafariz da infância,
mesma água de narinas
gorgolejando eterna borbulhante:
gárgula grutesca
desde agourentos pesadelos de menino. O pai no passeio das fontes
– reentrância minha, íntima de musgo,
relevo e pedra limosa
de tardes suaves não mais para sempre. Ainda aqui, em teu exílio de monstro,
mesma tua água gutural goelarganta afora,
gárgula pavorosamente perene: por que não mais
o dantesco em ti quando hoje volto?
Por que não mais tua expressão de inferno? Haver-se transmudado o demônio de meu medo:
……………….mergulho de mãos
no todo transparente da água que contas
– e sempre mais distante
a morte de meus pais.
mesma água de narinas
gorgolejando eterna borbulhante:
gárgula grutesca
desde agourentos pesadelos de menino. O pai no passeio das fontes
– reentrância minha, íntima de musgo,
relevo e pedra limosa
de tardes suaves não mais para sempre. Ainda aqui, em teu exílio de monstro,
mesma tua água gutural goelarganta afora,
gárgula pavorosamente perene: por que não mais
o dantesco em ti quando hoje volto?
Por que não mais tua expressão de inferno? Haver-se transmudado o demônio de meu medo:
……………….mergulho de mãos
no todo transparente da água que contas
– e sempre mais distante
a morte de meus pais.
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Imagem: Vlad Marica. Gárgula da fonte.
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