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Espelho-rosto
Oxidação, reflexos: a fina ferrugem
minando a margem
mostra-me que a morte perpassa os dias
na superfície insólita do mundo
e forja a face do tempo em sua fuga.
Trago a navalha.
Mas rendo-me ao ato ritual, cotidiano
(Voo rasteiro que só cabe ser
com a ave que me resta.)
Trago a navalha
– e levo este rosto adiante.
Diário contra o destino.
Leia mais versos e sobre inventores de versos: Álbum
Imagem: Tina Bluefield. Enigma.
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Comentários
Uma resposta para “Espelho-rosto”
Sensacional… o tempo “em sua fuga”.. como se não pudéssemos lutar contra o universo todo…
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