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O homem do violão azul
Este fragmento de poema aparentemente inofensivo de Wallace Stevens dá o que pensar sobre as escolhas dos artistas e as condições da arte. O músico Tom Zé encantou-se ao conhecê-lo. Outros poemas desse norte-americano costumam ser algo enigmáticos, estranhos aos nossos olhos viciados em praticidade e treinados a assimilar conceitos transmitidos pelo ambiente acadêmico. Mas observem: o dia é verde. O violão é azul. E as pessoas….
Homem curvado sobre violão,como se fosse foice. Dia verde. Disseram: “É azul teu violão,
não tocas as coisas tais como são.”.
E o homem disse: “As coisas tais como são
se modificam sobre o violão.”. E eles disseram: “Toca uma canção
que esteja além de nós, mas que também seja nós. No violão azul, toca a canção
das coisas justamente como são.”.
– The man with the blue guitar, 1937. Tradução de Paulo Henriques Britto.
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Comentários
3 respostas para “O homem do violão azul”
É realmente a poesia e a prosa me atraem, mas ainda sou pássaro dentro do ovo, quem sabe um dia poderei escrever como um escritor de verdade, assim como você. Com relação ao poema é belo, simplesmente, belo, devemos ser nós próprios, humanos na simplicidade, afinal para que complicar o que não é complicado.
Para que querer ter
Outra forma
Se a sua forma
Já lhe é dada
Para ser o que éOlá, meu caro amigo e colega Perce, boa tarde.
Me sinto muito honrado por estar ao seu lado em publicações tão importantes.
Abraços,
Antonio Cícero da Silva (Águia)Ah, eu também me encantei com o poema, quem não se encantaria?! Eu também sou azul, às vezes, em excesso; o que não é incomum, como se deduz da opinião do poeta.
Lindo, lindo!
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